Pós Sandy

Sei que tô em falta com o meu cantinho. Eu fico tão esgotada todo dia com Shea, que não consigo nem mais raciocinar direito, pra escrever! 

kkkkkkkk

Ói nóis aí no jornal, depois do furacão!

Matéria do Correio da Bahia

Beijos!

O pai que ele é

Ah, para falar do pai da minha filha, me faltam até palavras!

Joey é o perfeito pai de menina!

 Quando parei de tomar o anticoncepcional, ele só falava nela, e já tinha até nome (que ele teve 9 meses para me convencer).

Quando fiquei grávida, ele teve certeza que seria menina. Até que eu fiz um teste de urina que disse que seria menino.

Ele disse que ficou feliz (claro), mas disse que só se convenceria depois que o ultrassom confirmasse.

E um dia ele sonhou que nosso bebê (que até então era menino), estava sentado na nossa cama chorando, e ele entrou no quarto, mas quando chegou perto, era uma menina, branquinha de cabelos bem escuros e olhos claros.

Em 22 dezembro, o ultrasson confirmou o que ele já sabia, aquele teste maluco de urina estava errado, e Joey teria a sua menininha.

Lembro do nosso parto tranquilissimo, ele que deveria ser meu coach na respiração, esqueceu tudo o que aprendemos nas aulas de Lamaze. Os seus olhos abertos assustados, me dizendo que estava vendo os cabelos dela, que ela estava ali, para eu fazer força mais uma vez, que ela já estava ali!

E as lágrimas que não paravam de sair de seus olhos, quando ela nasceu.

Foi o nosso momento mais bonito.

O médico perguntou se ele queria cortar o cordão, e ele prontamente respondeu: NÃO!

Mas não teve escolha. O médico colocou a tesoura em seus dedos e ele cortou.

Joey é um pai incrível!

Hoje ainda mais.

Quando ela era menorzinha, eu percebia que ele se sentia meio sem função. Como se não tivesse muito o que ele pudesse fazer. Ele trocava fraldas, botava pra dormir, dava banho, mas não tinha muita interação.

Hoje eles brincam juntos, vão aos jogos de baseball, dançam, interagem.. 

e ela vive gritando dada dada pela casa.

São melhores amigos.

E nada me faz mais feliz.

Feliz dia dos pais!

Thank you!

Hoje aconteceu uma cena tão fofa com Shea!

A gente estava na sala de espera da radiologia pediátrica, no Mount Sinai, e ela brincava com um xilofone. De repente começou a jogar os martelinhos pelo chão, para fazer barulho.

Aí, numa dessas, o martelinho caiu perto de uma senhora, que pegou e estendeu para ela.

Shea, então, pegou o martelinho da mão da senhora, e soltou um: Têntiu!

Todo mundo, niquela sala de espera, se derreteu!

Era uma mistura de risadas, com oooooowwwwwnnnnnnn

Ela pegou todo mundo tão de surpresa!

Minha nena super educada!

Não consegui filmar a de hoje, mas vai aí uma amostrinha!

Beijos!

Thank you!

Judiaçãozinha

Nena está doente.

Febre de mais de 40C

Noites em claro

Banhos e mais banhos para baixar a febre

Tylenol

Advil

Lágimas

Vômito

Lágrimas 

Perda de apetite

Lágrimas...

Emergência

Hospital

Lágrimas

Exames

Diagnóstico: 

Infecção Urinária

Antibiótico

Diarréia

Apetite retornando

24hrs sem febre!

Melhora logo, meu anjinho!

Niver do heartfather

Ontem foi a festa de níver de Dani.

Shea se acabou na piscinona dele!

Se divertiu muito, a minha neninha, e até pegou uma corzinha!

Olha que nenem generosa! Bem diferente da mamãe.

Volto com updates quando receber o resto das fotos!

Happy 4th of July!

Filha única

Esses dias, eu vejo Shea brincando sozinha e me dá uma tristeza...

Eu fui filha única por 5 anos, e a minha melhor amiga até hoje, é dois anos mais nova que eu. Então, até Amanda nascer, e ter idade suficiente para brincar comigo, lá se vão uns 3 anos. Com quem eu brincava durante esses 3 anos?

Eu fico super angustiada vendo Shea sozinha apertando botões coloridos que tocam musiquinhas, dando beijinhos em bonecas, abraçando ursinhos e sei lá mais o que... sozinha..

Eu compro 200 mil brinquedos de ultíssima geração, que prometem transformar os bebês em little Einsteins! Tudo aqui em casa acende, faz barulho, pula, é brinquedo pra tudo que é canto, mas sei que se ela estivesse com outras crianças por perto, seria bem mais estimulada.

Os primos dela que moram aqui em ny são grandes, e moram lá no Brooklyn, então nem rola visitar sempre.

Se estivéssemos em Salvador isso nao ia acontecer.

Joey nem se abala. Diz que é normal. Que tudo vai se ajeitando, e naturalmente ela vai fazer amigos.

Sabe aquela raiva que dá quando vc está sendo irracional, sofrendo por alguma besteira, você sabe que está sendo irracional, sofrendo por besteira, aí vem um relax-paz-e-amor e diz NA SUA CARA que você está sendo irracional e sofrendo por uma besteira?

Isso é porque ele é o caçulinha da mamãe. Quando chegou, já tinha uma porrada de irmãos, aí nao teve que viver esse sofrimento! Eu nao me recordo de nenhum momento de infância, mas imagino que ter que brincar sozinha possa ter sido a causa de muitos de meus distúrbios da vida adulta! 

TEMÇO NÃO? 

Mas, enfim, levo ela no parque, passeio sempre com ela, pra ver se ela se enturma, faz amiguinhos...

Ela brinca com as outras crianças, corre pra cima e pra baixo, pega tudo quanto é porcaria que tem pelo chão.. mas agora ela nem bota mais na boca, ela levanta a mãozinha e entrega para a mamãe. É a empreguete do parquinho.

Faxinando o parque

Ela ainda fica meio assustada com a fonte, e a água também é tão gelada... mas com o tempo isso passa, e ela vai estar brincando e se sujando inteirinha na fonte!

Shea é muito esperta! Faz umas coisas que eu fico besta em como ela, com apenas um ano consegue! Mas com outras ela se comporta como o bebê, que, de fato, ela é, e eu nao sei mais o que é o normal/esperado para a idade dela.

A minha cabeça de psicóloga diz que o normal para ela, é exatamente o que acontece com ela agora, e que o normal para ela nao necessariamente é o normal para Pedrinho, Mariazinha ou Joaninha; que cada criança tem o seu tempo, e ela tem o desenvolvimento cognitivo perfeito, então está tudo na mais perfeita ordem.

Mas o meu coração de mãe quer que ela faça TUDO! Tipo assobiar e chupar cana, sabe?

Tenho medo de nao a estar estimulando o suficiente. Tenho vontade de colocar ela numa creche, para ela socializar com outras crianças, e desenvolver outras aptidões. Mas tenho medo.

Nao medo dela nao ser bem cuidada, nao é isso. Tenho medo de ficar tudo bem e ela nao precisar tanto da mamãe mais. Tenho medo da diferenciação... a tal da independência.

Sorte vai ter o irmãozinho dela (ainda sem data) que vai chegar com uma amiguinha prontinha para brincar 24/7!

 

bjs!